Sobre

Dama Bete é uma rapper luso-moçambicana, conhecida por ser a primeira MC feminina, em Portugal, a assinar com uma editora multinacional. Em 2003 criou o projeto Hip-Hop Ladies, pioneiro na promoção do hip-hop feminino no país e na luta pela igualdade dentro do género. Foi considerada artista revelação pela revista Blitz, em 2005, após atuar no Festival Musidanças, levando-a pouco depois a assinar pela Universal Music, através da qual lançou o álbum “De Igual Para Igual”.

Da música para a tecnologia, Dama Bete acabou, mais tarde, por se dedicar a uma carreira enquanto product designer e frontend developer. Rapidamente se tornou uma referência no meio, dando palestras pelo mundo inteiro e ainda ganhando o prémio de “Fun Project of the Year” pelo seu projeto React Kawaii, na React Amsterdam. Já em 2020, sob o pseudónimo Miuki Miu, lança o tema “Fork This”, aliando os dois mundos - hip hop e tech. Finalmente, em 2023, aceita o desafio de participar no cypher do projeto Guerrilla Girls, apresentado no Sumol Summer Fest, marcando o seu regresso aos palcos.

Madorna. Onde tudo começou.

Cresci na Madorna, que fica na Parede concelho de Cascais. E foi aqui que andei na creche, escola primária e secundária. Mas foi na escola preparatoria, em Matarraque que pela primeira vez ouvi Hip-hop português.

Mais tarde, quando fui para a escola secundária da Madorna nos anos 2000 que pela primeira vez vi um concerto de hip-hop português ao vivo. Este concerto foi organizado pelo meu irmão, Macaco Simão que na altura era grande impulsionador do hip-hop no concelho de Cascais. Foi neste concerto, nos anos 2000 que vi actuar a Telma T-von. Na altura com o seu grupo Backwordz.

Blacksystem & HipHop Ladies

Ter visto o concerto das Backwordz motivou-me para perceber se haviam outras mulheres a fazer rap e isto motivou-me a fazer um site. A ideia do site era uma plataforma de divulgação do hip-hop feminino português.

Aprendi a fazer código e fiz o meu primeiro site. Esse site começou de uma forma muito básica com o tempo fui aprendendo mais código e design e acabei por criar um plataforma em wordpress chamada Hip-hop Ladies. Também conheci a Blaya no No mIrc e conjuntamente com a minha irmã, Ana, a minha amiga Marlene e a minha sobrinha (que tem a mesma idade que eu), Grace, criamos um grupo, as Blacksystem. Tivemos os nossos primeiros concertos como grupo. Em 2005, comecei a organizar eventos da hip-hop ladies e fomos todas actuando a solo e também convidei outras mulheres, podendo ser b-girls ou djs para actuarem.

De igual para igual

Com o tempo comecei a ter concertos a nome individual como Dama Bete e durante uma actuação no festival Musidanças, onde abri o concerto da Sara Tavares tive a sorte de ser considerada artista revelação pela revista Blitz.

Depois disto conheci aquela que viria a ser o meu manager e pouco tempo depois assinei pela Universal Music

E foi também nesta altura que termineu a minha primeira licencitura em Gestão do Lazer e da Animação Turística na escola Superior de Hotelaria do Estoril. E o meu albúm saiu pouco tempo depois.

Durante algum tempo, tive alguns concertos, entrevistas. Também percebi nesta fase que não estava preparada para a exposição que o album me trouxe. E foi aqui que comecei a ter mix feelings se a música realmente me fazia feliz.

Web Developer + música

Depois do hype do álbum ter passado e estando Portugal ainda na famosa crise que se iniciou em 2008. Haviam poucos eventos.

Tentei conciliar a minha vida de artista e passei por alguns estágios e trabalhos, fiz programação no Music Box Lisboa, passei por uma agência onde trabalhei com nomes como o Vitorino e o Chullage e organizei alguns eventos de world music e hip-hop. Foi difícil. Os trabalhos eram sempre mal remunerados. E foi aí que comecei a pensar que deveria fazer outra coisa da vida.

Percebi que tinha outra paixão, pela tecnologia e comecei a focar-me mais em criar um portfolio de web development. E arranjei o meu primeiro emprego nesta área, na Mix and Blend na LX factory. Quis o destino que esta empresa tivesse ligado a eventos. E para alem de sites faziamos também live streams de eventos como o Meo Like Music que era transmitodo live do campo pequeno. Comecei aí a perceber que a tecnologia também poderia ser aliada à musica.

Startups e Brasil

Durante esta época, comecei a vingar no mundo do web developmente e comecei a travalhar para uma startup alemã de um fotografo internacinalmente conhecido, Marcus Mam. E tive a oportunidade de ir para o Brasil por duas vezes para actuar como Dama Bete.

Foi dificil, de conseguir conciliar a música com o trabalho que tinha e acabeu por perder o trabalho.Claro que fiquei, a pensar que tinha perdido um bom trabalho e claro lá ia eu voltar à precariedade. Por isso quando voltei do Brasil, devidi que era altura de me focar só na web. E acabei por conseguir um trabalho como UX Designer na NOS. Depois disse tive uma oferta de trabalho para a Irlanda, e aceitei.

Viver na Irlanda e viagens

Na Irlanda, apredi o que é ser valorizado e as pessoas apoiam-nos a crescer. Fui incentivada a particiar e falar em meetups, conferências e eventos.

Na Irlanda tive a oportunidade de viajar por diversos países. E devido a minha paixão pelo Hip-Hop criei um projecto chamado cassette tape uma experiência que na altura explorava a web audio API. Por ser um projecto inovativo e por estar no site Experiments with Googlefui convidada para apresentar o projecto no Google IO de Dublin.

Prémio e conferências pelo Mundo

Em 2018 um dos meus projectos open source, React Kawaii, que desenvolvi ficou trending no GitHub, plataforma da Microsoft. Por cause disso em Abril de 2018 recebi um prémio de Fun Project of the Year pela React Amsterdam.

Nesse mesmo ano falei na minha primeira conferencia, de React.js, framework do Facebook que aconteceu em Las vegas.

Nesse mesmo ano falei na minha primeira conferencia, de React.js, framework do Facebook que aconteceu em Las vegas.

Depois disso os convites não pararam e tive a sorte de falar em muitas conferências pelo mundo. Desde Yerevan, Sofia, Amsterdão, Berlim entre muitos mais sítios.

Em algumas das minhas paletras conciliei a tecnolofia com a música mas ainda assim muitas vezes omitia o meu passado como rapper.

Reconciliação com a música e tecnologia
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